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Eu ri diante da possibilidade do câncer


No post anterior eu contei sobre o laudo da minha mamografia. Ao ser indagada por minha ginecologista e amiga se eu sabia o que significava, respondi rindo que era câncer.

Ela ficou indignada comigo. "E você ri?", perguntou. Eu meio surpresa com a minha própria reação respondi que nada mais poderia fazer, apenas enfrentar!

Tinha consciência de que não fazia exames há sete anos. Esquecia ou perdia as guias com os pedidos médicos. O tempo ia passando, passando...

Minhas prioridades eram filhos, marido, família e amigos. Quanto a mim, eu podia esperar.

Nem imaginava que minha falta de cuidado iria me colocar na situação em que me encontro.

Diante do laudo dos meus exames, minha ginecoligista agendou, imediatamente, uma consulta com o mastologista. Lá fui eu, e mal sabia que seria só o início de uma perigrinação entre consultas e exames.

O médico, muito atencioso, foi simpático e disse que já tinha visto exames bem piores mas que precisávamos investigar. Aí vieram os pedidos de ressonância e biópsia, com a recomendação de que fossem feitos nessa ordem para que nenhum microsangramento - provocado pela biópsia - pudesse atrapalhar as imagens.

Pensar em entrar naquela máquina para fazer ressonância já me deixava apavorada. Nunca tinha feito porque a única fobia que conscientemente eu tenho é a claustrofobia (medo de ficar em espaços fechados).

Pois bem, lá fui eu. Fiz o exame e descobri que é muito mais simples e mais rápido do que eu imaginava e que meu medo de espaços fechados é bem controlado.

Ainda estou aguardando para fazer a biópsia.

Tenho me mantido assustadoramente calma diante da situação. Mas confesso que a espera pelo livramento ou a certeza da doença está me tirando o sono. Há cinco noites não durmo nada bem. Algo me diz que essa guerra está só no começo. Por outro lado, vem uma voz interior que diz: não tem problema, eu estou preparada!

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