2016 - o ano que mudou minha vida
Hoje percebo o quanto passar por uma crise pode nos modificar.
2016 não foi fácil em nenhum aspecto para a maioria das pessoas. A crise econômica apertou, o desemprego também, os escândalos políticos pipocaram e por aí vai.
Mas, pra mim, e provavelmente pra tantas outras pessoas que enfrentaram um problema grave de saúde, a vida ganhou outro sentido.
Minha percepção de mundo é outra, como se uma lente grande angular tivesse sido instalada aqui dentro. Ao mesmo tempo, entendi que cuidar de mim mesma é importante também.
Nunca me vi como uma pessoa competitiva, mas me surpreendi com a capacidade que tenho de lutar pelo que é importante. E que eu sou importante.
Descobri que cuidar do outro não é se abandonar. E que para proporcionar felicidade precisamos estar felizes.
Interessante que, ao mesmo tempo em que me tornei mais paciente, não tolero mais egoísmos e egocentrismos.
Passei a ouvir mais minha intuição, mas nesse ponto ainda tenho muito a aprender. Na verdade, hoje vejo que tenho muito a aprender em todos os sentidos e que não existe verdade absoluta.
Consegui entender que agradecer é mesmo mais importante do que pedir. E isso não significa resignação!
Mas, talvez, minha maior descoberta tenha sido a Fé.
Não se trata só de religião. Mas da capacidade de acreditar em algo e fazer o possível para que aquilo seja alcançado.
Então, 2016 foi um ano revelador.
E, pela primeira vez, vejo um novo ano chegando e sei exatamente o que vou fazer com ele. Vou lutar para ser feliz e realizada! E isso é profundamente reconfortante!
Seja bem vindo 2017!!!
Além de desejar a todos um ano incrível, deixo fotos de um dia maravilhoso, 20 de dezembro, data da instalação do Chapeleiro, no HC! Foi meu verdadeiro Natal e dia em que conheci pessoas incríveis.

Como a psicóloga, Luciana Deutscher, que passou um sufoco este ano ao descobrir nódulos no fígado ( por sorte benignos). Com um filhinho pequeno, encarou uma cirurgia complicada mas não perdeu a vontade em ajudar outras pessoas. A Lu (já me sinto próxima suficiente para chamá-la pelo apelido!!), leu aqui no blog o pedido por doações de bonés, chapéu e afins. Sem que eu soubesse, começou uma campanha entre os conhecidos e arrecadou dezenas. Só nos conhecemos pessoalmente lá no HC no dia da instalação do Chapeleiro e posso dizer que esse encontro me encheu de alegria!

Monica Tramujas e Sr. Elisio

Sem falar no Sr. Elisio Siqueira, de 84 anos. Hoje só faz acompanhamento, mas já passou por 35 sessões de radioterapia. Foi ele quem inaugurou o Chapeleiro. Escolheu uma boina e ficou bem bonitão com ela!
Animadíssimo, contou que faz caminhadas três vezes por semana. Um exemplo pra muita gente com bem menos idade e que não sai de casa pra caminhar uma quadra! Fiquei encantada com ele.

Nesse dia, a Michelle Bornemann, de 40 anos, também foi até o hospital para entregar kits de higiene. A Michelle, teve câncer de mama há três anos e montou um lugar chamado "Espaço Autoestima", onde oferece a pacientes aulas de artesanato e dança do ventre! Tudo de graça.
Os kits que ela levou ao HC foram doados pela Faculdade Estácio e o primeiro a receber foi o Ronaldo Malta, paisagista, em seu primeiro dia de químio.
Sabe o que me chamou a atenção nesse rapaz de 44 anos, pai solteiro de uma menina de 12? Foi a disposição! Ele disse que em breve estará lá ajudando outras pessoas!
A Michelle conta com o auxílio de pessoas como a Silvana de Amorim, de 43 anos. Ela terminou faz pouco tempo o tratamento contra câncer de mama e decidiu arrecadar 350 lenços, no mês de setembro. Conseguiu, ainda, reunir 85 brinquedos para as crianças da Onco Hematologia Pediátrica.
Tudo com a ajuda da vizinha, Samira Tassa, de 42 anos e que teve câncer de mama aos 37.
Abaixo o dia em que recebi doações de kit de maquiagens e mais alguns lenços. Tudo isso reunidos pelo pessoal da Cross Fit Bariqgui para o Laços do Peito. Depois Na última foto, o registro da entrega dessas doações para a Mônica Tramujas, lá do Hospital.

