A vida sexual do paciente com câncer
Olha, este assunto é muito mais comum nas rodas de pacientes do que vocês podem imaginar!! É um problema sério, mas rende muita risada, pelo menos entre as mulheres.
Confesso que nunca conversei com pacientes homens a respeito. Mas, percebo que entre nós, mulheres, o tema é recorrente.
Esta semana, alguém escreveu assim, no grupo do Laços do Peito no WhatsApp:
- Libido? mas o que é libido? kkkk
Todas rimos! Mas como já disse, o assunto é sério.

foto: Bruna Mendes
Fui dar uma lida respeito e encontrei um texto muito interessante no Portal Oncoguia sobre Câncer de Mama e sexualidade, que coloca a questão, mais ou menos, assim ( acho que vale pra todo tipo de câncer):
No início, época do diagnóstico, o paciente fica preocupado, às vezes desesperado. E isso já reflete na disposição para o sexo, certo?
Aí tem o vai e vem de exames, consultas, início de tratamento, dúvidas: vou fazer químio, radioterapia, cirurgia? Nesta fase, o paciente está mais preocupado em se manter vivo do que com a vida sexual. Dá pra entender, né?
Depois, os problemas relacionados à autoestima. Alguns perdem os cabelos, engordam ou emagrecem, vêem o rosto inchar ou enfrentam cirurgias mutiladoras.
Galera, no caso das mamas, é algo bem delicado para a mulher, né? A feminilidade, a sensibilidade são afetadas, concordam? ok, entendido!!
Porém, existem outros tipos de câncer que deixam marcas, que limitam ou criam novos realidades para os pacientes, e que devem mexer abalar a segurança em relação ao desempenho sexual.
Bom, a questão é que o desinteresse sexual pode provocar problemas nos relacionamentos e até desfazer casamentos.
Agora, o quê fazer?
Será que o companheiro ou companheira podem ajudar?
Vejam o que diz o texto do Portal Oncoguia na reportagem sobre o câncer de mama ( mas que vale, na minha opinião para outros tipos de câncer):
"Os problemas de relacionamento também são importantes, uma vez que o diagnóstico do câncer pode ser tão angustiante para a paciente, como para seu parceiro. Os parceiros geralmente se preocupam com a forma de expressar seu amor física e emocionalmente após o tratamento, especialmente após a cirurgia. A relação pode se fortalecer se o parceiro participa na tomada de decisões e acompanha a esposa em todas as etapas do tratamento."

imagem: pixabay
Quanto a nós pacientes, eu diria o seguinte: Tem que se esforçar!
Trabalhar a cabeça e aprender a se gostar mesmo com cicatrizes e novas configurações do nosso corpo. Talvez você não consiga isso sozinho ou sozinha. Neste caso, melhor buscar ajuda de um terapeuta. Ah, mas é caro!!
Verdade! Porém, algumas faculdades de psicologia oferecem atendimento gratuito ou quase de graça.
Além disso, uma boa conversa com o médico e com a pessoa que você ama também podem ajudar bastante.
O que não dá é deixar a vida passar! principalmente depois de se ter a chance de entender o quanto ela é valiosa!
Aguardo comentários porque o tema pode render outros posts!
beijo a todos!