Nem sempre é fácil
Antes de tratar do tema do título, quero avisar que vou deixar pra vocês o video que explica a questão da suspensão da quimioterapia para alguns casos de câncer de mama. Video Gravado pelo Dr. Cleverton Spautz, Mastologista, para a Página do Facebook do Centro de doenças da mama. Role a barra até o fim e vai encontrar o video, ok?

Bom, além disso, quero tratar dessa questão, "nem sempre é fácil". Esta semana, participei de uma entrevista da TV Assembleia aqui do Paraná, a convite do meu amigo e jornalista, Odilon Araújo. Ao meu lado estava o Dr. Vinicius Budel, mastologista muito respeitado, que tem trabalhos na secretaria estadual de saúde e também é professor na Universidade Federal, portanto, vive a realidade do HC, hospital escola.
A entrevista foi motivada por uma audiência pública, em que a Alexsandra Cambruzzi, deu seu depoimento. Ela contou que houve um desacordo entre o protocolo de tratamento feito por um médico particular e o indicado pelo médico do SUS. Pra vocês terem uma ideia, pelo SUS, ela receberia umas seis doses a menos de Trastuzumabe ( indicado para pacientes com câncer de mama metastático com tumores HER2-positivo). ISSO CUSTARIA CARO!! MUITO CARO! Perto de R$60 mil!
Ela foi à justiça e garantiu o direito de receber o número total indicado pelo médico. Conseguiu, mas passou por um desgaste muito grande! Esse é um exemplo de dificuldade.
Outro exemplo é quando os efeitos colaterais deixam sequelas severas. Como é o caso de uma professora universitária que conheci durante o tratamento e que perdeu a audição, por causa da quimioterapia. Sim, é raro, mas pode acontecer.
Outra dificuldade, e a mais difícil, certamente, é quandoa s coisas fogem ao controle da ciência e nada mais é possível ser feito pelos médicos, a não ser atenuar a dor. São os famosos cuidados paleativos.
Uma amiga querida, que conheci por meio do blog e que, no fim do ano passado, veio a Curitiba para me conhecer e conhecer a Adriana Zadrosny, está numa situação parecida. Alguém que espalhou sorrisos durante o tratamento, durante a recidiva, durante a maior parte da luta. Mas, que agora, está numa UTI, com destino incerto.
Temos a tendência a pedir a Deus que ela se salve. Mas, na verdade, precisamos pedir que Deus faça o melhor. O melhor pra ela, o melhor para quem está em sofrimento físico.
Claro que pode acontecer uma reação daquelas inacreditáveis, que deixam a ciência sem palavras, sem explicação. Gostaria muito que ela fosse um caso desses. Mas, se não for, é porque ela cumpriu com a missão dela nesta vida! Sei que a saudade vai doer, em especial nos filhos, no marido e nos pais e amigos mais próximos. Vai doer, nas companheiras de luta que viam nela, um exemplo de força e resistência. Mas, eu, que fiquei chocada com a notícia da ida dela para a UTI, vejo da seguinte forma. Ela será de qualquer maneira um exemplo de força e resistência. Alguém que enfrenta tudo com um sorriso, com luz e brilho, acendendo em outras pessoas a chama da vontade de viver.
Orasilia, estou com você em meu pensamento, enviando energias positivas para que o que for melhor pra você aconteça!

Eu, Orasilia e Adriana, num encontro de cura de almas, talvez a mais importante!
link para o depoimento da Alexsandra na Assembleia:
link para video do Dr. Cleverton,FB: